segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

I still remember

And I could feel our days are becoming night
I could feel your heart beating across the grass
We should have run, I would go with you anywhere
I should have kissed you by the water
I still remember...

sábado, 26 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Temor

Temo que nos teus olhos
arda outro fogo
que não aquele que eu acendi.

Alexandra Malheiro
in Luz Vertical

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

e pronto, mexe-me assim

O mundo não tem de saber II

à espera que (me) passe(s)
à espera que (me) saias da pele

domingo, 20 de dezembro de 2009

Do not worry

Vou avançar na tua direcção,
não te movas,
estou certa que não te alcanço.

Alexandra Malheiro
in Luz Vertical

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O mundo não tem de saber

Fica só entre nós os dois.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

FORTE como uma ventania

Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

Clarice Lispector

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Quero fazer isto A G O R A

Arrumar a vida, pôr prateleiras na vontade e na acção...
Quero fazer isto agora, como sempre quis, com o mesmo resultado;
Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer
coisa!

Vou fazer as malas para o Definitivo!

Álvaro de Campos

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

SER EU

Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...

Alberto Caeiro

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Faltar-nos o estribo...

Também se pode
regressar sem partir. Não são apenas
os relógios que se atrasam, às vezes
é o próprio tempo. E todos
os cuidados são
então necessários. Há sempre
um comboio que rola
a nosso lado sem luzes
e sem freios. E pode
faltar-nos o estribo ou já
não haver lugar
na carruagem da frente.

Albano Martins

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

e juntos rasgávamos o vento

Dizias que eu tinha asas
E eu voava como um pássaro
Quando o céu era só nosso
E o resto de tudo também

Dizias que eu era tua
E juntos rasgávamos o vento
Quando o céu era só nosso
E o resto de tudo também

Mas agora, meu amor
O céu já não nos pertence
O vento rasga-nos por dentro
E o resto de tudo já não é de ninguém...

Ruth Ministro
in A minha nunvem

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

OH YEAH

Morreria agora se mo pedisses

Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
esta perna é tua?, é teu este braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à língua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É

- É assim um sonho meio estúpido que eu tenho, mas você tem de ter algum sonho, né? Senão, a gente vive se deitando e acordando, sem razão pra lutar por coisa alguma, né mesmo?
- É.

Miguel Sousa Tavares
in Rio da Flores

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Percebes o que quero dizer?

Habituei-me a criar outras rotinas, outra maneira de fazer as coisas, outros pensamentos com que ocupar a cabeça, outras distrações para me esquecer da tua ausência. Descobri que a distância cria distância - e não sei se isso é bom ou mau. Se é uma forma de defesa passageira ou se é uma habituação para sempre. Percebes o que quero dizer?

Miguel Sousa Tavares
in Rio das Flores