domingo, 21 de fevereiro de 2010

Inventar de novo

às vezes o amor é inventar de novo
as iluminações de vogar à deriva
É sequestrar o dia É caminhar de noite
numa rua de Roma a comer melancia
É fazer explodir um palácio barroco
É durante a explosão cair numa armadilha

David Mourão-Ferreira
in Obra Poética

5 comentários:

  1. às vezes o amor é sequestrar o momento
    e ai ficar a eternizar o teu olhar

    ResponderEliminar
  2. às vezes o amor é arriscar o gesto
    e perder para ganhar

    ResponderEliminar
  3. às vezes o amor é um grito mudo
    que só o coração sabe escutar

    ResponderEliminar
  4. às vezes o amor é uma rédea solta
    sem freio, sem poder parar

    ResponderEliminar
  5. às vezes o amor tem vida própria
    segue por caminhos difíceis
    por terras nunca antes percorridas
    e numa qualquer esquina desconhecida
    talvez se encontre

    ResponderEliminar