sexta-feira, 2 de outubro de 2009

luzimos de um para o outro...

Tu és o nó de sangue que me sufoca.
Dormes na minha insónia como o aroma entre tendões
da madeira fria. És uma faca cravada na minha
vida secreta. E como estrelas
duplas
consanguíneas, luzimos de um para o outro
nas trevas.

Herberto Helder
in Ofício Cantante

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