Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drumond de Andrade
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
a ausência é estar quando se pensa que não se está, é sentir quando se pensa que não se sente, é querer quando se pensa que não se quer...
ResponderEliminarbjo*