quinta-feira, 13 de março de 2014

O privilégio...

Nada, nem sequer o verão está completo. Menos ainda o colar de sílabas que, desvelado, te ponho à roda da cintura. Nunca me pediste mais, nunca te dei outra coisa. Quando juntamos as mãos esquecemos que somos culpados da nossa inocência. E sorrimos, alheios ao sol que declina, à estrela do norte que sabemos no fim. O privilégio da vida é este silêncio musical que do teu olhar cai nos meus olhos e regressa a ti acrescentado pela luz da manhã varrendo o mar. Eugénio de Andrade

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