como não tenho lugar no silêncio onde morrem as gaivotas,
despeço-me no oceano e deixo que o céu me conheça.
talvez a serenidade possa ser as minhas mãos a serem uma
brisa sobre a terra e sobre a pele nua de uma mulher.
esse dia, esperança de amanhã, poderá chegar e estarei dormindo.
hoje, sou um pouco de alguma coisa, sou a água salgada
que permanece nas ondas que tudo rejeitam e expulsam
na praia. as gaivotas sobrevoam o meu corpo vivo. os meus
cabelos submersos convidam o silêncio da manhã, raios de sol atravessam
o mar tornados água luminosa. aqui, estou vivo e sou alguém
muito longe.
José Luís Peixoto
in Criança em ruínas
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E eu que, confesso, ainda não tive oportunidade de ler um livro de José Luís Peixoto... :S
ResponderEliminarGostei muito deste excerto que aqui nos ofereceste à leitura.
Beijinho Dourado ;D
Eu sou o grão de areia que se deixa levar com as ondas que vão e voltam, que se volteiam devagar. O mar ora me leva, ora me rejeita, mas de cada vez que vou e volto nesse mar, regresso de alma purificada...
ResponderEliminarDevo dizer-te que é uma grande falha tua. E quando leres algum livro dele perceberá esta minha observação.
ResponderEliminarEnquanto isso não acontece deixo-te:
http://www.myspace.com/joseluispeixoto
E prometo trazer cá mais poemas do JLP.
Beijo em dourado
vinteEquatro
Quase que me deixei enrolar nas ondas do mar Augusto. Os seixos não se queixam. Por quê queixarmo-nos nós?
ResponderEliminar***
vinteEquatro
Promessa solene:
ResponderEliminarQuando voltar a passar numa livraria (o que é extremamente perigoso para mim ;) ) regresso acompanhado com palavras de JLP! :D
Beijinho dourado