dá-me alguma da tua pele terra
tu que não me pedes nada e
me apareces de noite vestida de
nudez pele terra e me abres caminhos
para que te conheça dá-me algum
do silêncio que me dás para que
nele te diga pele terra se de noite
me apareces iluminada de muitos
pássaros a nascer e a voar a
nascer e a voar silêncio pele terra
para que te conheça dá-me o que
dás a todos e nunca deste senão
a mim pele terra tu que me dás
os gestos das minhas mãos
a música das minhas palavras que
me dás pele terra esconde-te
dentro de mim
José Luís Peixoto
in A criança em ruínas
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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Este autor,
ResponderEliminarUm dos meus favoritos.
Excelente escolha.
Beijo
Meu também!
ResponderEliminar*
vinteEquatro